Depois de um longo período sem escrever sobre nada aqui no blog, resolvi retornar aos tempos de resenha após ficar extremamente tocada com o livro “O peso do pássaro morto", de Aline Bei.
Peguei o livro emprestado com a minha chefe - e amiga, que fez uma escolha acertada ao indicá-lo mantendo os maiores segredos para que eu descobrisse sozinha. Acompanhe agora minhas impressões.
A história acompanha a vida da personagem principal, que narra acontecimentos em diversas épocas de sua vida, dos 8 aos 52 anos. E isso é tudo que você, que ainda não a leu, precisa saber por hora.
Comecei a ler o livro de uma forma despretenciosa e sem saber o que esperar, e essa foi a melhor forma de mergulhar na experiência de entender a personagem a fundo. A vemos crescer ao longo do enredo e da mesma forma que passamos a sentir como se a conhecêssemos, facilmente nos reconhecemos em pequenos detalhes e sentimos, através de uma empatia que nasce rapidamente, as dores e alegrias pelas quais ela passa.
As páginas não são preenchidas em sua totalidade, por terem uma estrutura fora dos padrões, com poucas frases separadas em linhas irregulares, mas nem todas as palavras seriam capazes de explicar a sensação e profundidade da história. Ela é pesada, porém necessária.
A narrativa consegue equilibrar leveza e angústia de uma forma muito orgânica, fazendo as transições de idade serem bem marcadas e realistas. É como se ao mesmo tempo que você recebesse diversos socos no estômago durante a leitura, junto deles viesse também um afago nos cabelos.
“O Peso do Pássaro Morto” é um livro sobre muitas coisas. Tantas que não seria possível enumerá-las aqui. Existe perda, existe escolha, mas principalmente reflexão. Os relatos são cortantes e dolorosos de tão expressivos, surpreendendo o leitor pela capacidade que a autora teve em metamorfosear sentimentos em palavras.
É um livro sobre a vida, e assim como ela, é acima de tudo, imprevisível. Pensei em diversas passagens que gostaria de dividir aqui, mas assim como devemos viver cada dia sem saber o que nos espera no amanhã, também deve ser assim com este livro maravilhoso.
E se algumas lágrimas caírem enquanto você lê, não se preocupe: você ainda terá muitas para perder ao longo da vida.
Ainda que já estejamos vivendo em um mundo sem "The Big Bang Theory" já que a série teve sua última temporada em 2019, sabemos que a produção entrou de vez para a cultura pop, e assim como "Friends" e "How I met your mother", firmou seu lugar entre as Sitcoms queridinhas em todo o mundo.
Ao longo das 12 temporadas, tivemos muitos momentos memoráveis, e hoje vou relembrar um episódio que assisti recentemente pela segunda vez: "A Reverberação Earworm", décimo episódio da nona temporada.
Recapitulando até aqui:
Todos acreditavam que a relação de Sheldon (Jim Parsons) e Amy (Mayim Bialik) estava indo muito bem, inclusive o próprio Sheldon, já que ele pretendia pedir a mão da namorada em casamento. Até que pegando todos de surpresa, Amy pede um tempo e termina o relacionamento de 5 anos.
Entre idas e vindas, Sheldon fica dias em total tristeza (ainda que não admita) e vemos ambos em tentativas falhas de conhecerem novas pessoas, até que chegamos no episódio 10.
Logo no início, temos Penny (Kaley Cuoco) e Leonard (Johnny Galecki) testemunhando uma nova obsessão de Sheldon, causada por uma música que não sai de sua mente, ainda que ele não consiga reconhecer qual a música e o motivo pelo qual ele não consegue parar de cantarolar.
Ao mesmo tempo acompanhamos Amy tentando superar o término do relacionamento e marcando um novo encontro com Dave (Stephen Merchant), enquanto Howard (Simon Helberg) e Raj (Kunal Nayyar) descobrem que sua banda "Footprints on the Moon" possui um fã.
Ao longo do episódio vemos a obsessão de Sheldon aumentar e a canção chegar perto de deixá-lo ainda mais louco que o habitual, ao ponto de fazê-lo gravar videos para seu "futuro eu" insano explicando sobre fatos de sua vida que podem ser confusos uma vez que ele perca totalmente a consciência por causa da canção.
Até que finalmente Sheldon percebe que a música que o tem assombrado se trata de "Darlin" da banda Beach Boys, e mais do que isso, percebe que a letra inconscientemente faz com que ele se lembre de Amy, e por conta disso, resolve ir até ela e reatar o romance. Obviamente as coisas não ocorrem exatamente como aconteceriam com um casal comum, mas finalmente podemos vê-los juntos novamente de uma forma incomum. Veja as cenas finais do episódio e o tão aguardado retorno de "Shamy":
Além de ser um capítulo cômico como de costume, os fãs tiveram os pedidos atendidos pelos roteiristas que juntaram novamente o casal depois de vários episódios separados, e mesmo que o Sheldon não seja um grande fã de Beach Boys, a música passou a ser uma espécie de tema para os dois cientistas. Aproveite que está passando por aqui e escute a música para relembrar desses personagens que certamente deixaram muita saudade.
Filmes de Vampiros estão presentes na cultura pop há muitos anos, e sua figura misteriosa sempre atraiu o imaginário dos espectadores, possibilitando desse modo muitas produções com temáticas e gêneros diferentes, mas sempre contando com a presença dos nossos amigos dentuços.
Resolvi fazer uma lista com 8 dos meus filmes favoritos sobre vampiros, sendo eles especificamente com o tema vampiresco ou pelo menos que tenham um vampiro entre os personagens principais.
8 - Drácula - Morto, mas feliz (1983)
Quando disse que esse amor por vampiros possibilitou filmes dos mais variados gêneros, eu não estava brincando. "Drácula - Morto, mas feliz" é o exemplo perfeito disso, por se tratar de um filme de comédia pastelão sobre o mais famoso de todos os vampiros.
Estrelado pelo saudoso Leslie Nielsen, o filme acompanha a vida de Reinfield (Peter McNicol), procurador que se torna acidentalmente o servo do Conde Drácula, e tenta ajudá-lo a conseguir uma esposa. Sendo uma sátira direta a obra de Bram Stoker, a produção conta com piadas simples num estilo besteirol, além de zombar de clichês sobre vampiros, como algumas de suas habilidades, a sexualização das criaturas e até no modo como os diálogos geralmente se desenvolvem. Com o roteiro, direção e produção de Mel Brooks (que também atua no longa como Van Helsing), o
filme é bem "Sessão da tarde", e não deve ser levado muito a sério se sua intenção é simplesmente rir um pouco. Assistia muito quando era criança, e não tinha coragem para assistir filmes mais sérios.
7 - Entrevista com o Vampiro (1994)
Baseado na saga de livros criada pela incrível autora Anne Rice, acompanhamos a história de Louis (Brad Pitt), um homem que é transformado em vampiro por Lestat (Tom Cruise), e ainda que seu criador considere o vampirismo uma dádiva, Louis compreende sua condição como uma maldição e entra em uma espécie de crise existencial.
A parte mais interessante, além da ambientação sombria e um elenco cheio de estrelas (ainda que Rice não tenha aprovado a escolha de Cruise como seu Lestat), é com certeza a narrativa da história, contada por Louis em uma entrevista para um repórter.
Lembro de ter visto o filme pela primeira vez quando era criança e na época achei assustador e parado a princípio, mas depois aprendi a gostar por perceber a dualidade da história.
6 - Anjos da Noite - A Rebelião (2009)
Entre ótimos longas de uma saga vampiresca que conquistou o público ao longo dos anos, tenho o terceiro filme como meu favorito,o chamado "Anjos da Noite - A Rebelião". Ainda que tenha sido oficialmente o terceiro lançado, ele é o primeiro na ordem cronológica, por mostrar como se deu o início da guerra entre os nobres vampiros e os selvagens Lycans (lobisomens).
Ainda que a trama principal se desenrole a partir de um romance proibido entre uma vampira e um lobisomem, o filme leva em conta diferenças sociais e ideais, além da busca pela liberdade e o poder do trabalho em conjunto. Talvez eu esteja dramatizando demais a coisa toda, porque as cenas de luta são de tirar o fôlego, sendo de fato o destaque do longa, sem contar do visual incrível dos personagens. Caso você nunca tenha assistido um filme da saga, "Anjos da Noite - A Rebelião" é perfeito para você se situar no universo sombrio e começar a acompanhar a disputa clássica entre vampiros e lobisomens (destaque para a atuação do maravilhoso Bill Nighy).
5 - Sombras da noite (2009)
A parceria entre Tim Burton e Johnny Depp foi sempre uma das minhas favoritas do cinema, e ainda que eu não fosse familiarizada com Barnabas Collins (personagem de"Dark Shadows", série da ABC que foi ao ar de 1966 até 1971 e serviu de inspiração para o longa), na época em que o filme foi lançado eu não pude deixar de ficar ansiosa. O longa acompanha a vida (e morte) de Collins, interpretado por Depp, homem que foi amaldiçoado com o vampirismo por uma bruxa em 1776, e após ser aprisionado por ela em um caixão por 196 anos, ele se liberta e retorna a sua antiga casa, conhecendo os descendentes de sua família. Além de um elenco maravilhoso que conta com nomes como Michelle Pfeiffer, Christopher Lee e Eva Green, o humor negro presente no longa ambientado brilhantemente na década de 70 entretém do início ao fim. A trilha sonora e a fotografia também são um show a parte.
4 - A Hora do Espanto (2011)
Se você considerar que "A Hora do Espanto" é um remake de um filme sobre vampiros com uma temática adolescente, as chances de dar errado são muito grandes. Mas felizmente, não foi o que aconteceu. Essa pegada teen é meio que consequente por se tratar de um filme onde adolescentes se reúnem para derrotar um vampiro que acumula séculos de experiência, utilizando-se de clichês como estacas, crucifixos e até a ajuda de um suposto caçador - interpretado brilhantemente pelo David Tennant - nessa missão. É um filme que entretém, e os personagens (mesmo o vilão, interpretado
por Colin Farrell) possuem muito carisma, e diferentemente dos outros filmes citados, os "heróis" dessa história são muito mais reais, e poderiam ser qualquer pessoa comum que você conheça - como o cara que mora do lado da sua casa.
Mesmo assim, o clima tenso do "horror" se equilibra bem com os momentos cômicos, com um vampiro convincente (e meio aterrorizante) e um roteiro não tão surpreendente, mas divertido mesmo assim.
3 - A Liga Extraordinária (2003)
Imagine o mundo vivendo como em um barril de pólvora prestes a explodir para uma guerra mundial, até que são reunidas em uma equipe, um grupo de pessoas com habilidades e conhecimentos extraordinários para salvarem a sociedade de um colapso. Acrescente o fato dessas pessoas serem personagens de clássicas obras da literatura de autores como Oscar Wilde, Robert Louis Stevenson e Bram Stoker, vivendo ao mesmo tempo nesse universo alternativo criado primeiramente para uma HQ pelo mestre dos quadrinhos, Alan Moore. Com tanto potencial, era de se esperar que o longa fosse um grande sucesso, e descordando da crítica da época que deu a ele péssimas avaliações, tenho "A Liga Extraordinária" como um de meus filmes favoritos.
Este filme especificamente não é sobre vampiros, mas tem uma versão empoderada da personagem Mina Harker, do livro "Drácula", como um dos membros da liga, que após sobreviver ao encontro com o vampiro de Bram Stoker, passa a também sofrer com o vampirismo.
Ainda que tenhamos personagens tão empolgantes quanto Mina, como Dorian Gray, Tom Sawyer, Allan Quatermain e Dr. Jekyll, ela é sem dúvidas minha personagem favorita da história - que poderia inclusive ser muito bem aproveitada em uma série - alô Netflix, estamos de olho!
2 - Van Helsing - O Caçador de Monstros (2004)
Este foi muito provavelmente o filme que fez com que eu me interessasse ainda criança por filmes de monstros, e lembro de assistir tantas vezes que até hoje lembro a maior parte das falas - sem contar que aos 10 anos. convenci minha professora da quarta série a passar o filme para a turma inteira.
Temos como protagonista Gabriel Van Helsing (Hugh Jackman), um misterioso homem que trabalha para o Vaticano como um caçador de monstros. O filme acompanha o momento que Gabriel recebe pela primeira vez a missão de matar um vampiro, criatura a qual jamais havia enfrentado. O problema é que não se trata apenas de um vampiro, mas o mais poderoso e cruel de todos, Conde Drácula (Richard Roxburgh). Ainda que obviamente os personagens principais sejam baseados nos criados por Bram Stoker, temos outros monstros, como Mr. Hyde, Frankenstein e Lobisomens.
O roteiro é criativo, a fotografia é linda, a trilha sonora é poderosa, e como comentário pessoal, visualmente falando, é na minha opinião o filme com a mais convincente e bem feita cena de transformação de homem em lobisomem, e o melhor Lobisomem em CGI que eu já vi.
1 - Drácula de Bram Stoker (1992)
Depois de muito falar sobre vários personagens de Bram Stoker ao longo desse Top 8, chegou a hora de falar sobre o filme que é de fato sobre sua obra. Ainda que em seu título o longa afirme ser o "Drácula de Bram Stoker", existem algumas diferenças entre a produção e o livro em que se baseia, principalmente pelo fato de não haver um "romance" propriamente dito na história original. Inclusive já postei uma resenha do livro aqui no blog, não deixe de conferir clicando aqui.
Mas mesmo assim, o longa produzido pelo espetacular Francis Ford Coppola passa muito longe de ser uma decepção. Ao começar pelo elenco maravilhoso que conta com nomes como Anthony Hopkins no papel de Van Helsing e Winona Ryder no papel de Mina Harker, além de uma atuação digna, intensa e maravilhosa de Gary Oldman, que nos entrega um Drácula que surpreende do começo ao fim.
A ambientação gótica e imagem sombria harmonizam com uma trilha sonora sinistra, que conseguem equilibrar entre os momentos de tensão/horror e romance. Romance este que, de certo modo, pode mudar o ponto de vista do espectador sobre o Conde, por talvez focar no último resquício de humanidade que poderia restar nele. Já vi milhões de vezes, mas permaneço presa até o último segundo, parte por ser um roteiro bem adaptado e parte por admirar completamente até os mínimos detalhes da produção, primorosa e milimetricamente pensada para ser tudo o que um filme de vampiro deve ser. Seja ele o "Drácula de Bram Stoker" ou o "Drácula de Coppola", acho difícil que alguém consiga superar o que foi feito nesse longa impecável.
Créditos na imagem
E você? Já assistiu algum dos filmes da lista? Gosta de algum que não apareceu aqui? Não deixe de comentar seus filmes favoritos de vampiros.
Após uma longa espera a Netflix nos presenteou em 26 de Outubro de 2018 com a aguardada segunda temporada da série animada "Castlevania" de Adi Shankar. Seguindo uma primeira temporada que conseguiu com míseros 4 episódios tirar o fôlego dos fãs e ganhar muitas críticas positivas, o público aguardava ansiosamente o desenrolar da história dos três heróis na tarefa de destruir o poderoso Conde Drácula. Uma missão de fato difícil, mas talvez não tão difícil quanto a de conseguir igualar (ou superar) o sucesso da primeira temporada, dessa vez com o dobro de episódios.
Confira nosso review livre de spoilers.
A História
A Segunda temporada de "Castlevania" começa exatamente onde a primeira terminou, porém ao passo que temos o desenvolvimento dos planos de Alucard, Trevor e Sypha para derrotar Drácula, acompanhamos o que se sucedeu após a maldição que o Conde lançou por toda Valáquia e seus modos de continuar punindo toda a humanidade pela morte de sua esposa Lisa Tepes.
Há em geral dois núcleos com objetivos diferentes que dividem tempo em cena: os heróis que se deslocam por vários locais atrás de técnicas para derrotar Drácula, e os "vilões" que permanecem na maior parte do tempo dentro do castelo do Vampiro arquitetando a continuidade da maldição.
Ainda sobra tempo para flashes de acontecimentos passados que complementam a história de maneiras diferentes.
Ação, aventura, humor, gore e Drama se mesclam com o passar dos episódios de 25 minutos que prendem o espectador do início ao fim.
Os Personagens que já conhecemos
Se nos primeiros quatro episódios da série tivemos uma breve introdução dos personagens principais, agora podemos ter um acompanhamento mais amplo de figuras mais profundas ao longo dos 8 capítulos da história.
No Conde Drácula há, ao invés de somente fúria, emoções conflitantes que o distinguem, de certa forma, de vilões clichês que vemos em outras produções. Existe sim toda aquela tentativa de justificar seus atos cruéis, mas de nenhuma forma a série tenta retratá-lo como vítima ou anti-herói. Drácula é, entre tantas outras coisas, o vilão, o cara mau, a realeza dos vampiros. Essa "realeza" inclusive é bem explorada no seu relacionamento com seus subordinados e no modo em que eles devem de qualquer forma, satisfazer os desejos do Conde. Mas de todas as facetas de Vlad Tepes, a melhor é de fato a maneira que a série acompanha a "rotina" do vilão, ao invés de colocá-lo em evidência apenas em cenas de luta ou conflitos. Se você já se perguntou o que o vilão faz enquanto os mocinhos planejam o contra-ataque, Castlevania te mostra.
O último sobrevivente do famoso Clã de caçadores, Trevor Belmont, tem um papel muito importante nessa temporada, por deter informações cruciais para a derrota de Drácula, ainda que não saiba como usá-las a princípio. Ele permanece com sua personalidade grosseira e humor ácido, e protagoniza as cenas mais cômicas junto de seus parceiros de batalha. Ele é um guerreiro nato que não sabe ser delicado e muito menos gentil, mas não deixa a desejar na hora da luta, sendo a força bruta e a coragem necessárias em momentos de perigo. Não tem como não gostar dele, além de existir a oportunidade de nos aprofundarmos no seu passado e na sua relação com a família Belmont.
A oradora Sypha Belnades felizmente continuou sendo um destaque nos novos episódios, por possuir a habilidade de usar e controlar magia e ter um vasto conhecimento de grande utilidade nas batalhas. Mas ela interrompe o conflito iminente entre os parceiros por tentar ser sempre a voz da razão, quebrando aquela essencial disputa masculina com delicadeza, não se tornando menos relevante por conta disso. Ela por muitas vezes salva o dia ao fazer uso da sua erudição e racionalidade.
Adrian Tepes, o Alucard, teve um curto e injusto período de tempo na primeira temporada, deixando muita gente pedindo por mais de sua presença nos episódios seguintes. Felizmente, Castlevania nos deu isso.
O personagem foi provavelmente o mais trabalhado nessa temporada, pois o vemos crescer ao longo do tempo, além de conhecermos mais da história de Lisa e Drácula do ponto de vista dele, e aprendermos mais sobre suas habilidades e conhecimento. É um dos personagens mais queridos dos fãs dos games, e é sim o mais surpreendente na história da segunda temporada. As cenas de ação mais épicas são protagonizadas por ele, além da cômica relação de amor e ódio entre Alucard e Trevor. Mas ainda com tantas vertentes, a melhor questão levantada pelo dhampir filho de Drácula, é sua luta interna entre seu lado humano e seu lado vampiro: o que considera certo (ensinado por sua mãe Lisa) e o que considera errado (a fúria de seu pai contra humanidade). Mesmo tendo essa noção de dualidade, a missão de matar o próprio pai é dolorosa e grandiosa pelo que Drácula representa para o mundo e para ele mesmo. É preciso de um monstro para derrotar outro.
Os novos personagens
As únicas criaturas presentes na primeira temporada de Castlevania além de Drácula e Alucard, são os demônios que fazem parte da horda de ataque do Conde. Porém, ao querer expandir seu poder de destruição pela Valáquia, Drácula conta com a presença de alguns generais vampiros que vêm de longínquas terras para ajudá-lo em seu plano de exterminar a humanidade. É aí que conhecemos outros sugadores de sangues, representados por diversas etnias e com personalidades distintas, como o impetuoso vampiro viking Godbrand, e a traiçoeira Carmilla. Esta demonstra desde sua primeira aparição a inteligência e facilidade de manipulação, tendo um papel de grande destaque no desenrolar da história.
Porém a principal novidade quando se refere a personagens novos são os dois generais humanos de Drácula: Isaac e Hector. Ambos trabalham como forjadores de monstros no castelo do Conde, e são escolhidos por conta de sua lealdade como os chefes por trás do planejamento dos ataques a Valáquia, o que é recebido com estranheza pelos outros vampiros servos de Vlad. Mesmo sendo humanos, e talvez por isso mesmo, sejam figuras mais intensas e complexas que têm suas histórias aprofundadas, não só com incríveis flashes do passado, mas com aspectos intrigantes das personalidades dos dois e de sua lealdade com o Lorde vampiro.
Hector e Isaac
Sobre as Referências
A segunda temporada de Castlevania foi entre tantas outras coisas, uma enxurrada de referências. Existem referências ao próprio Vlad, o Empalador, por conta de algumas cenas de empalamento, além da presença de Carmilla, personagem também presente nos jogos de Castlevania e criada por Joseph Sheridan Le Fanu em 1872 (curiosamente serviu de inspiração para Bram Stoker na criação de Drácula).
Mas as maiores referências são de fato aos jogos: a produção da Netflix não só bebeu da fonte dos jogos originais, ela mergulhou neles com toda força. Se o intuito era agradar os fãs, a Netflix conseguiu facilmente.
O personagem Hector por exemplo, é o protagonista do jogo "Castlevania - Curse of Darkness", lançado 16 anos após "Castlevania III - Dracula's Curse", jogo que serviu de enredo base para a série. Isaac por sua vez, é o vilão desse mesmo game.
A figura e presença de Alucard na segunda temporada foi totalmente inspirada em outro game: o aclamado "Castlevania - Symphony of the Night", não somente seu visual, mas também seus poderes, como a habilidade na luta de espada e o poder de se transformar em lobo (ainda quero ver ele de morcego e névoa, inclusive).
Há também a melhor referência (na minha humilde opinião) na casa da família de Trevor, quando avistamos ao fundo o quadro de Leon Belmont, o primeiro caçador e fundador do Clã Belmont, presente no game "Castlevania - Lamment of Innocence". Inclusive, se você assistiu a cena e não entendeu a referência, não deixe de conferir a nosso post sobre o início do Clã Belmont e sua rivalidade com Drácula, onde contamos a história de Leon Belmont, Drácula, Alucard e ainda comentamos sobre um reboot que a série de games ganhou em 2010.
Quadro de Leon Belmont em cena de "Castlevania"
Terceira temporada
A terceira temporada já foi oficialmente confirmada e inclusive, o elenco já se encontra em estúdio gravando a dublagem (que inclusive é ótima, tanto a original em inglês quanto a em português), porém, se a série quiser seguir a risca os games, será necessário dar um grande salto no tempo. Desse modo, não teremos os personagens centrais que são mortais, havendo uma grande possibilidade de vermos por exemplo, novas gerações de Belmonts. Em contrapartida, a terceira temporada pode acompanhar a história de "Curse of Darkness", se focando nos personagens emblemáticos Hector e Isaac.
Até o momento, permanecemos na dúvida até que mais seja divulgado.
Vale a pena assistir?
Ainda que eu seja mais do que suspeita para falar, já que passei uma grande parte da minha vida jogando os games de Castlevania e sempre fui fã da saga, não há como negar que a série é ÓTIMA. Ela tem a capacidade de agradar todos os gostos, seja nas cenas de ação milimetricamente produzidas, no humor negro, nos momentos sanguinolentos, na retratação de conflitos políticos e no drama presente por trás de cada personagem, além da belíssima qualidade no desenho e nas falas e diálogos geniais.
Mesmo pra quem não conhece os games vale muito a pena assistir, principalmente pelo fato de serem episódios rápidos e dinâmicos, que assistimos facilmente sem perceber o tempo. Ainda que tenha sido o dobro de episódios da primeira temporada, terminamos a última cena desejando que existisse mais para ser assistido. E felizmente haverá!
Então eu garanto a todos: Vale muito a pena assistir!
Em 14 de Setembro de 2009 estreava no SBT a série "Harper's Island" traduzida aqui como "O mistério da Ilha". Naquela época eu com meus 13 anos era a típica criança que tem medo até da sombra, portanto era de se esperar que eu jamais me interessasse por uma série de slasher e suspense, mas não foi bem isso o que aconteceu. A verdade é que já no terceiro episódio eu mal conseguia esperar pelo dia seguinte para saber o que iria acontecer e quem seria a próxima vítima.
E hoje, quase 10 anos depois resolvi relembrar dessa série que foi a minha favorita por muito tempo e eu curto até hoje. É como dizem: o primeiro amor a gente nunca esquece.
A Ideia:
Criada por Ari Schlossberg, a série foi originalmente transmitida de Abril até Julho de 2009 pela CBS, dividida em 13 episódios que eram exibidos semanalmente. A base da série eram 25 personagens que seriam vítimas ou suspeitos de assassinatos que ocorriam em cada episódio. Enquanto houveram capítulos em que apenas um personagem morria, chegamos a ter 5 assassinatos em um episódio só, variando muito até o final da série. Os próprios atores não sabiam quando e se morreriam, e nem imaginavam quem era a pessoa por trás das mortes.
A parte mais interessante disso é o fato de que somos manipulados a pensar que determinado personagem é o assassino, só pra mudar de ideia na cena seguinte. "Harper's Island"incita o nosso lado detetive do começo ao fim.
A História:
Em 2001 na Ilha de Harper, um homem chamado John Wakefield (Callum Keith Rennie) assassinou 6 pessoas brutalmente, e mesmo após ter sido morto pelo Xerife Mills (Jim Beaver), marido de uma das vítimas, o horror continuou pairando pela Ilha. Após o massacre, o Xerife enviou sua única filha, Abby Mills (Elaine Cassidy), para Los Angeles com o intuito de protegê-la. Com o trauma de perder a mãe, Abby saiu da ilha para tentar seguir com a vida, mas deixou muita coisa para trás.
7 anos se passam, e Abby retorna a ilha para o casamento de seu melhor amigo Henry Dunn (Christopher Gorham). Lá ela reencontra seu pai e velhos amigos acreditando que tudo ficaria bem finalmente, mas ao contrário do que pensa, o seu pesadelo não tinha acabado. Logo ela se encontra no meio de mortes misteriosas que parecem ter sido orquestradas por alguém seguindo os passos de Wakefield. Um por um os convidados do casamento vão sendo assassinados, e Abby entra em uma luta pela sobrevivência enquanto busca respostas de questões do passado mal resolvidas.
Confira o trailer
Elenco e Trilha Sonora
Ainda que a série possua nomes não tão conhecidos até então, você vai assistir cada personagem e pensar "eu conheço esse cara de algum lugar".
A protagonista, Elaine Cassidy, por exemplo, participou do clipe de "The Scientist" da banda Coldplay e atuou no filme "Os Outros", enquanto Christopher Gorham é conhecido por seu papel em "Ugly Betty" e esteve presente em "Once Upon a Time".
Mas certamente você vai reconhecer muitos rostos se assiste a série "Supernatural", pois muitos atores de "Harper's Island" participaram de um ou mais episódios do seriado dos irmãos Winchester, como Callum Keith Rennie e Gina Holden que estiveram no episódio "1X2 - Wendigo", Chris Gautier de "2X12 - Caminhante Noturno", e os personagens recorrentes: Jim Beaver, o Bobby Singer, e Katie Cassidy, a primeira versão da Ruby.
A trilha sonora original de "Harper's Island" já é ótima por si só, por estar presente em várias cenas intensas e aterrorizantes, deixando o clima de tensão ainda pior, porém temos ainda canções de grandes bandas como The Kooks, Death Cab for Cutie e Civil Twilight. Esta última inclusive está presente em uma das cenas mais icônicas da série, com a canção "Letters from the Sky". Relembre a cena, que buscou inspirações no filme de 1992 "O Último dos Moicanos", e é sem dúvida uma das favoritas dos fãs e provavelmente a morte mais triste da produção. *Não clique se não quiser Spoilers*.
Relembrando "Harper's Island"
Recentemente resolvi assistir de novo (pela quinta vez, na verdade) e posso garantir que a diversão continua igual a primeira vez que vi. A Série tem o dom de te prender mais a cada episódio, e mesmo que você já tenha assistido, é interessante ver outra vez agora já sabendo quem é o/a responsável pelas mortes, pois é possível perceber detalhes sutis que não tínhamos prestado atenção antes.
Existe de fato um enredo com começo, meio e fim, com um final de temporada que amarra todas as pontas soltas, e dessa perspectiva não haveria porque haver uma continuação (ainda que eu deseje secretamente isso), tendo sido "Harper's Island" um seriado criado para ter apenas uma temporada. Isso faz dela aquela produção perfeita para maratonar em um fim de semana.
Infelizmente os episódios não foram lançados oficialmente no Brasil nem em DVD e nem em alguma plataforma de streaming, mas é possível encontrar os capítulos dublados em alguns canais do YouTube.
Também indico um especial feito pela BBC ( parte 1 - parte 2 - parte 3 - parte 4 ) de entrevistas com o elenco após o fim da série, comentando sobre o mistério da identidade do assassino e contando como cada episódio se desenrolava sem que ninguém soubesse se iria ou não sobreviver. Está todo em inglês, infelizmente, mas vale a pena conferir. (Nem preciso dizer que está cheio de spoilers, né?).
Momento Fangirl
Antes de terminar o post, como comentário pessoal, preciso dividir o momento em que Christopher Gorham respondeu meu tweet depois de longos 9 anos de espera. Eu criei meu twitter em Outubro de 2009, aos 13 anos, assim que terminei de assistir "Harper's Island", pois várias pessoas divulgaram no fórum da maior comunidade da série no Orkut (sim, eu sei, eu sou velha) que alguns atores do elenco respondiam fãs no Twitter. Eu mandava muitos tweets e em algum momento recebi uma resposta de CJ Thomason (que interpretava o Jimmy) mas até hoje não sei se realmente foi ele, pois o perfil continua sem ter sido verificado. Foram algumas tentativas frustradas, mas com o passar do tempo eu acabei desistindo. Até que em 14 de julho de 2018, quando acabei de ver a série pela quinta vez, enviei uma última tentativa para Christopher Gorham, que para minha surpresa, me respondeu:
Esqueci que tinha 22 anos e voltei a ter 13 após ler isso e saí berrando pela casa, além de ter contado essa história para todo mundo.
A lição que tiramos disso é:
1 - Jamais desista.
2 - Assista Harper's Island. Você pode se divertir muito.
Dia 18 de maio de 2018 estreou na Netflix a segunda temporada da série "13 Reasons Why", com o propósito de mostrar ao público o que houve depois dos acontecimentos da primeira temporada, ou seja, o que houve com todos os envolvidos no suicídio de Hannah Baker (Katherine Langford) e como continuaram suas vidas após as infames fitas com as razões que levaram Hannah a tirar a própria vida.
Com um enredo bem sombrio e surpreendente em diversos pontos, recebemos uma segunda temporada que respondeu algumas perguntas deixadas para atrás, além de explorar a vida de mais personagens e acompanhar a evolução de cada um.
Após assistirmos arcos sendo fechados, segredos sendo revelados e cenas tão pesadas que são difíceis de assistir, houve no último episódio uma cena que buscou referências ainda na primeira temporada, sendo além de muito bem criada, emocionante, e é sobre ela que irei falar hoje.
Nem preciso dizer que o post tem spoilers, então nada de continuar lendo se ainda não assistiu todos os episódios.
Antes de mais nada, preciso relembrar ainda na primeira temporada, no quinto episódios mais precisamente, quando Clay Jensen (Dylan Minette) e Hannah estão no baile e começam a dançar uma música lenta. A música em questão, "The Night we met"de Lord Huron, passou a ser considerada não somente por Clay mas pelo fandom de "13 Reasons Why" a música oficial do casal.
Relembre a cena da primeira temporada:
Já na segunda temporada, após o julgamento sobre o suicídio de Hannah e o julgamento de Bryce Walker (Justin Prentice) não terminarem como todos queriam (o que aliás foi ótimo para representar a realidade horrível em que vivemos), os alunos da Liberty High precisam continuar suas vidas após tudo o que ocorreu nos últimos meses. Ainda que todos tenham conflitos internos mal resolvidos, eles se reúnem para ir até o baile da escola.
Tudo estava indo bem, até que a música de Clay e Hannah começa a tocar. Ainda que a maioria das pessoas a festa não saibam do que se trata, os amigos de Clay sabem do significado da canção e vão ao seu encontro. É nesse momento que o localizam no meio da pista de dança em prantos, e resolvem reconfortá-lo do único modo que poderiam: dançando junto com ele.
Tony (Christian Navarro), Jessica (Alisha Boe), Alex (Miles Heizer), Zach (Ross Butler), Ryan (Tommy Dorfman) e Courtney (Michele Selene Ang) abraçam Clay, e visivelmente emocionados, se mantém abraçados com o garoto.
Confira a cena:
A primeira coisa que me cativou nessa cena foi o modo como Tony mais que depressa disse que precisava encontrar Clay assim que a canção começou a tocar, mostrando que mesmo com o "desfecho" do caso das fitas e o suicídio de Hannah, ele continuaria o protegendo e estando com ele. Logo em seguida, vimos o restante do grupo que esteve em conflito com Clay em diversos momentos nas duas temporadas se compadecendo com a dor do rapaz e deixando de uma vez por todas as diferenças de lado. Eu interpretei o momento como um modo de tornar concreta a amizade entre eles, podendo ser um assunto mais explorado na terceira temporada.
Por último mas não menos importante, é de certa forma uma despedida de cada um para Hannah, provando que os adolescentes ali ainda sentem sua morte e apiedam-se do amor mal acabado entre Baker e Jensen. Em um episódio cheio de momentos muito tensos, tanto pelo estupro de Tyler (Devid Druid) como sua reação de vingança que ocorreu ainda durante o baile e servindo de desfecho para a segunda temporada, a produção da série deu aos espectadores uma passagem tocante, bonita e emocionante. É impossível não chorar e se deslumbrar com esse momento comovente.
É sem dúvidas minha cena favorita da segunda temporada, que quase serviu como chave de ouro para finalizá-la.
Agora nos resta aguardar uma possível terceira temporada para completar a história, presumivelmente voltada para a vida de Tyler e o que sucedeu após sua tentativa de assassinato em massa.
Resolvi falar hoje de um filme que foi lançado há quase 20 anos, mas que só fui assistir recentemente e até agora não consegui processar o fato de eu ter demorado tanto para assisti-lo. A verdade é que até então eu nunca tinha ouvido falar na produção, e se não fosse por uma indicação de um amigo, que me convenceu rapidamente que se tratava de um filme interessante ao me contar que um dos meus cantores favoritos fazia uma ponta na história, eu muito provavelmente continuaria sem saber de sua existência.
Falo de "Rock Star", um filme de Stephen Herek lançado em setembro de 2001, que conta com um roteiro muito improvável, mas surpreendentemente baseado em um caso real que ocorreu com a banda "Judas Priest", quando o vocalista original Rob Halford foi substituído por Tim "Ripper" Owens entre 1996 e 2003. Ripper era vocalista de uma banda cover/tributo do próprio "Judas Priest". No fim das contas, após "Rock Star" receber uma história mais "enfeitada por Hollywood" do que a real, a banda acabou solicitando que mudassem alguns detalhes para não serem associados à produção, mas hoje em dia todo mundo sabe que eles foram a inspiração do longa.
É um filme cativante de diversas maneiras, e se você assim como eu curte o bom e velho rock n' roll, vale super a pena assistir, nem que seja para acompanhar um novo ponto de vista do mundo da música, ou conhecer uma trilha sonora sensacional.
Nos anos 80, em pleno auge das bandas de heavy metal, roupas de couro e cabelões, Chris Cole (Mark Wahlberg) é um vendedor que também é vocalista de uma banda tributo de seu grupo favorito, o "Steel Dragon". Em meio a apresentações pequenas e uma vida um tanto quanto pacata, ele vê tudo mudar quando recebe uma ligação e acaba se tornando o novo vocalista do "Steel Dragon", tendo que provar para os fãs que merece a honra de estar a frente da banda, além de passar por todo um processo de evolução pessoal.
Por mais clichê que essa história de "protagonista erra e tenta aprender com seus erros" possa parecer, em momento nenhum isso prejudica a qualidade ou diversão do longa, que equilibra ótimas situações cômicas com os dramas que acontecem nos bastidores das vidas de astros do rock, além de cenas muito bem ambientadas e representativas de shows de heavy metal, que são de tirar o fôlego.
Confira o trailer:
Uma das questões mais legais levantadas pelo filme, é a grande ideia que paira na cabeça de todos que são fãs de música e que já sonharam em algum momento serem artistas de sucesso: "minha vida seria muito melhor se eu fosse meu ídolo". Ao vermos Chris como frontman de sua banda favorita, acompanhamos uma jornada que provavelmente já fez parte do imaginário de muita gente, e vê-la representada tão fielmente nas telas, tanto o lado bom quanto o ruim é fascinante, e talvez seja um dos principais acertos do longa.
Uma de minhas cenas favoritas, foi o momento em que Chris vai fazer o primeiro ensaio fotográfico como novo integrante da banda, e apesar do fotógrafo insistir que ele faça "cara de mau", o rapaz não consegue segurar grandes sorrisos, visivelmente feliz por estar ali. Qualquer um nessa situação faria a mesma coisa, né?
Além de ótimos atores como Mark Wahlberg, Jennifer Aniston, Timothy Spall e Jason Flemyng, a produção conta com grandes nomes do rock, como Zakk Wylde (guitarrista da banda do Ozzy Osbourne e vocalista do "Black Label Society"), Jason Bonham (filho do baterista do "Led Zeppelin" John Bonham), Jeff Pilson (baixista do "Foreigner") e Myles Kennedy (vocalista da banda do Slash e do supergrupo "Alter Bridge").
Myles, que particularmente é um dos meus cantores favoritos do mundo (e do universo com todas suas galáxias e foi, como disse anteriormente, a razão por eu ter me interessado pelo filme) participa de uma das melhores cenas do longa, além de ter sido o único ator que teve sua voz real usada na produção (e que voz, né amigos).
Myles Kennedy em cena de "Rock Star"
Por último mas não menos importante, eu não poderia deixar de citar a incrível trilha sonora, afinal de contas, em um filme sobre rock não podem faltar boas músicas, e de fato isso tem de sobra no longa. Ainda que a banda "Steel Dragon" seja fictícia, as músicas presentes em "Rock Star" como sendo pertencentes ao grupo são ótimas (algumas adaptadas de outros artistas), além de canções de bandas como Bon Jovi e Mötley Crüe, que também tocam como plano de fundo em cenas incríveis.
Vou deixar aqui um link com uma playlist no YouTube das músicas da banda fictícia "Steel Dragon", e talvez você seja mais um dos que desejarão secretamente que eles fossem uma banda real.
Mesmo com um grande potencial em mãos, o filme não fez lá grande sucesso na época que foi lançado, não só pelo fato de algumas pessoas considerarem o roteiro cheio de clichês (o que eu não acho que de maneira nenhuma torna um filme ruim), mas também porque foi lançado dias antes do atentado de 11 de setembro, o que acabou tirando a atenção do lançamento.
Mas a verdade é que "Rock Star" é um longa divertido, cativante, que te mantém interessado do começo ao fim e que está cheio de boas referências ao nostálgico heavy metal dos anos 80, e mesmo para quem não viveu nessa época, é indicado para todo aquele que curte hard rock, além de ser muito fácil se identificar com os personagens, principalmente os que representam os "fãs".
Se você, assim como eu, não conhecia o filme, vale muito a pena conferir, nem que seja apenas para se levantar e gritar (entendedores entenderão).